terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Epilepsia canina - que cuidados ter com um animal que tem convulsões? (2ª parte)

O meu cão tem epilepsia : e agora?

Uma vez que o diagnóstico de epilepsia tenha sido feito o foco é gerir a doença e manter o animal com qualidade de vida. Se se tratar de epilepsia secundária pode ser possível tratar a doença causadora e impedir que ocorram mais convulsões. Quando são casos de epilepsia idiopática em que a causa é desconhecida a decisão de medicar e o tipo de medicação depende da gravidade e frequência das convulsões.
O lado bom da situação é que, apesar da maioria dos cães precisar de tratamento para o resto da vida, a medicação dada de forma adequada diariamente pode controlar a maioria dos casos. No entanto deve ser tido em conta que tratar um cão epilético requer uma atenção especial aos horários da medicação e à frequência com que tem de ser feitas análises sanguíneas de controlo das doses de medicação. Há uma grande variedade de medicamentos para a epilepsia e cada um tem recomendações específicas quanto às precauções a ter e sintomas que sevem ser monitorizados. É importante relembrar que qualquer aumento ou diminuição da dose, paragem na medicação ou o facto de se falhar uma dose pode fazer com que um animal que estava controlado volte a ter convulsões por isso se tiver dúvidas relativamente a doses ou horários da medicação deve sempre consultar o seu médico veterinário.
Além disso qualquer medicamento para a epilepsia pode ter efeitos secundários ou perder a sua eficácia ao longo do tempo pelo que é extremamente importante cumprir as datas estipuladas para as análises de monitorização do fígado e dos níveis de medicação no sangue.

Como lidar com as convulsões:

- Não se esqueça que em média uma convulsão dura cerca de 2 minutos ou mais
- Certifique-se que o cão está num lugar onde não se possa magoar (cair do sofá ou das escadas por ex.)
- Não coloque as mãos na boca ou perto dela para não correr o risco de ser mordido
- Alguns cães podem sofrer alterações de comportamento logo antes e após a convulsão. A melhor coisa a fazer nestes casos é deixar o cão num lugar calmo e não interagir com ele. Se tiver alguma dúvida contacte o seu médico veterinário.
- Se a convulsão durar mais do que alguns minutos ou o animal tiver mais do que uma convulsão durante um dia deve imediatamente ser levado ao médico veterinário para ser observado.
- A melhor forma de transportar um animal em convulsão para a clínica veterinária é dentro de uma caixa de transporte. 

Outros cuidados a ter:

Além de controlar o estado de saúde do cão e a sua medicação é também importante monitorizar a sua dieta. Por exemplo o aumento de sal na dieta do cão pode influenciar o metabolismo de alguns medicamentos para a epilepsia e por outro lado há medicamentos que podem aumentar o apetite e a sede do cão. O resultado disto é a possibilidade de aparecimento de obesidade que provoca mais sobrecarga sobre o coração do animal. Para evitar esta situação deve seguir cuidadosamente as recomendações do seu médico veterinário relativamente à dieta do seu animal.
Ao seguir todas as recomendações que lhe forem dadas relativamente ao controlo da doença será possível que, na maior parte dos casos, possa viver uma vida normal com ele.

Adaptado de: PetsMatter Nov/Dec 09 - Volume 4 Issue 6, published by the American Animal Hospital Association. Copyright © 2009 AAHA.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

FEVEREIRO - MES DO COMPORTAMENTO

Durante o mês de fevereiro passe na nossa clínica e responda a um pequeno questionário e habilite-se a prémios.