quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Como brincar com o seu gato – brincadeira ou agressividade?



Todos os gatinhos e gatos jovens precisam de brincar. A brincadeira é um comportamento normal que permite aos animais desenvolver a sua coordenação motora e as suas aptidões de resolução de problemas. É também uma forma de melhorar as suas capacidades socias com outros gatos. É muito frequente os gatinhos terem brincadeiras mais bruscas, porque todas as brincadeiras nesta idade consistem em simular caçadas ou lutas com outros animais. Os gatos vigiam, perseguem, atacam, dão pontapés, arranham e mordem-se uns aos outros por brincadeira, no entanto as pessoas interpretam este comportamento de forma errada, pensando que estão a ser agressivos, quando é dirigido a elas.

Os gatos têm 2 tipos de comportamento de brincadeira: as brincadeiras solitárias e as brincadeiras sociais. As brincadeiras solitárias são dirigidas a objectos com brinquedos, fitas, sacos, caixas de papelão ou papel enrolado. As brincadeiras sociais são dirigidas aos seus companheiros felinos, pessoas ou outros animais. Infelizmente os problemas podem surgir quando a brincadeira é dirigida a pessoas pois, apesar das boas intenções do gato, ele pode causar danos no seu companheiro humano. As arranhadelas e mordidelas dos gatos podem ser dolorosas e podem provocar feridas em alguns casos.

Problemas de comportamento que deve excluir - Agressividade

Ocasionalmente os gatos podem demonstrar agressividade para com as pessoas. A verdadeira agressividade só costuma ocorrer em gatos que se assustam facilmente ou como reacção por ter sentido o cheiro, ter visto ou ouvido outro gato ou animal desconhecido. Se o seu gato tem menos de 1 ano de idade e não há mais animais com que ele possa brincar em casa, é provável que ele esteja a ter brincadeiras mais bruscas consigo e não a ser realmente agressivo. Muitas vezes não é fácil distinguir entre verdadeira agressividade e brincadeira por isso observar a linguagem corporal do gato pode ajudar. Quando está a brincar o gato geralmente exibe uma “expressão de brincadeira” em que tem a boca entreaberta e dá saltinhos ou abana a parte traseira do corpo com as costas arqueadas para se preparar para a brincadeira. Geralmente as brincadeiras são muito silenciosas, enquanto em interações agressivas geralmente rosnam, bufam e cospem.

Como reduzir as brincadeiras mais bruscas?

- Tenha brinquedos variados para o seu gato para poder perceber as preferências dele. No geral os gatos preferem dar patadas em brinquedos pequenos como ratinhos ou bolas. Também gostam de vigiar, perseguir e caçar coisas que se movem como presas como penas ou bonecos pendurados em brinquedos com elásticos que podemos balançar ou arrastar no chão. 

- Dê objectos novos ao seu gato para investigar como sacos de papel ou caixas de cartão. Pode também esconder alguns brinquedos durante algum tempo e ir alternando para se tornarem novidade.

- Passe pelo menos 10 minutos de manhã e à noite a brincar com o seu gato. Enquanto estiverem a brincar não o encoraje a dar patadas nas suas mãos ou pés, em vez disso, redirija a brincadeira com brinquedos com fios compridos ou atirando os brinquedos favoritos para longe. Tente agendar as sessões de brincadeira para horários em que o seu gato esteja mais activo.

- Se o seu gato gosta de fazer emboscadas ao seus pés quando vai a subir uma escada ou se esconde debaixo dos móveis para lhe atacar os tornozelos quando passa por ele, passe a levar um brinquedo na mão para atirar e lhe redirecionar a atenção. Tente que ele se foque em caçar o brinquedo em vez de o atacar.

- Pondere adoptar outro gatinho para ser o companheiro de brincadeiras do seu actual gato. Se o fizer escolha outro gato jovem e que goste de brincadeira como o seu.

- Arranje uma forma segura para que o seu gato ter acesso à rua, seja fechando a varanda/janelas com rede ou construindo uma estrutura de rede no jardim onde ele possa estar. Se puder coloque-lhe lá caixas e outras estruturas para onde ele possa trepar. Ao proporcionar-lhe a oportunidade de caçar insectos ou folhas e ter um ambiente mais rico, ele tem menos motivação para brincar consigo.

- Faça pausas consistentes na brincadeira quando o seu gato começa a ser demasiado brusco. No momento que ele começar a morder ou arranhar termine a brincadeira saindo da divisão onde ele está. Não tente pegar no gato e coloca-lo noutra divisão porque isto pode provocar mais mordidelas ou arranhões.

O que não fazer!

- Não encoraje o seu gato a brincar com as mãos, pés ou qualquer outra parte do corpo. Pode ser engraçado quando se tem um gatinho bebé mas torna-se doloroso e perigoso quando se trata de um gato adulto.

- Não use brinquedos que ensinem o seu gato a brincar com as mãos como luvas com bonecos. Se usar estes brinquedos está a encorajar o seu gato a dirigir as brincadeiras para as suas mãos e não vai entender que só o pode fazer quando usa as luvas de brincar.

- Não castigue fisicamente o seu gato por ter brincadeiras mais bruscas. Se lhe der uma palmada, ele pode entender o gesto como brincadeira e brincar ainda de forma mais agressiva. Também pode ficar com medo das suas mãos e passar a evitá-lo ou responder de forma verdadeiramente agressiva.

- Nunca fuja do seu gato ou tente bloquear-lhe os movimentos com os pés. Isto pode levar a brincadeiras mais intensas ou a reacções agressivas por parte dele.

Mais umas dicas…
Se o seu gato insistir em dirigir todas as suas brincadeiras para si apesar de fazer todos os esforços para o ensinar a brincar com brinquedos, pode usar um borrifo de água para interromper as brincadeiras mais agressivas. Tem de andar com um borrifador perto sempre que houver possibilidade de ele lhe fazer uma emboscada pois tem de usá-lo sempre mal ele comece a correr na sua direcção. Assim que ele parar atire um brinquedo para que ele o possa dirigir a sua brincadeira para o alvo adequado.  Leve pequenas bolas de papel no bolso para atirar para que ele as persiga em vez de perseguir o dono.
Apesar de ser necessário algum tempo e esforço, se for consistente e paciente, pode ensinar o seu gato a dirigir as suas brincadeiras para os alvos adequados em vez de para si. Se precisar de ajuda não hesite em contactar um médico veterinário.


Adaptado de: WebMD Veterinary Reference from the ASPCA

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

O que fazer quando o gato urina ou defeca fora da caixa?



Se o seu gato urina ou defeca em todo o lado menos na caixa de areia está de certeza a deixá-lo com os cabelos em pé. Apesar de esta situação poder parecer o fim do mundo não tem de ser. Há formas de remediar a situação para que o gato fique em casa e o comportamento desapareça.

Salve o seu gato
As estatísticas dizem-nos que, só nos Estados Unidos, cerca de 72% dos gatos, que são entregues em canis ou associações, são eutanasiados e o principal motivo da entrega de gatos em canis é o facto de urinarem ou defecarem em locais inadequados.
“ Um dos fatores por trás deste problema é o facto de 66% dos donos acharem que os gatos o fazem para se vingar, o que não podia estar mais longe da verdade” diz Ilona Rodam, médica veterinária especialista de medicina felina. Em vez disso, Esta situação acontece porque as necessidades físicas, sociais ou médicas do gato não estão a ser satisfeitas.

Fale com o seu médico veterinário
O primeiro passo para resolver o problema é marcar uma consulta para levar o seu gato à clínica veterinária assim que detete o problema. A Drª Rodam, que geralmente avalia primeiro o comportamento do gato, nota que a maioria dos gatos tem também um problema médico: “Os donos pensam, por exemplo, que o gato está a urinar fora da caixa devido à introdução de um novo gato mas os exames podem revelar que tem pedras na bexiga ou parasitas intestinais.”
Alguns gatos podem desenvolver obstruções urinárias que colocam a sua vida em risco porque os donos interpretam o seu comportamento como sendo apenas uma encenação. Por causa destas situações é que é essencial ter um diagnóstico e um plano de tratamento o mais rápido possível.
Se não houver motivo médico para a situação, então recomenda-se uma consulta de comportamento para perceber o que faz com que o gato não use a sua caixa de areia.

Marcação: sexual ou reacionária?
Antes de mais convém esclarecer a diferença entre urinar e fazer marcação. Quando fazem marcação, os gatos tendem a manter-se de pé e deitar um pouco de urina contra superfícies verticais. Quando urinam, geralmente os gatos raspam o chão e eliminam grandes quantidades de urina em superfícies horizontais. A marcação pode ser sexual ou reacionária.

  • Marcação sexual: O seu gato está esterilizado/castrado? Tanto os machos como as fêmeas podem exibir marcação sexual para marcar a sua presença e disponibilidade. A esterilização ou castração diminui drasticamente o comportamento de marcação sexual.

  •  Marcação reacionária: Caso o seu gato seja esterilizado/castrado este tipo de marcação deve ser considerado. A introdução de outro animal, pessoa, mobília ou outros objetos em casa pode alterar o odor geral a que o seu gato está habituado e deixá-lo suficientemente stressado para induzir marcação com urina. Malas, mochilas e sapatos apanham novos cheiros cada vez que saem de casa por isso, pode ser boa ideia mantê-los fora do alcance dos gatos. Equipamentos que sofrem mudanças de temperatura como torradeiras, fornos e outros equipamentos eletrónicos também são alvo frequentes da marcação.


Comportamentos de marcação que se iniciam contra portas e janelas indicam que o animal se sente ameaçado por algo que vem de fora de casa. Nestes casos, aconselha-se bloquear a vista das portas e janelas, caso se suspeite que a marcação é desencadeada por animais que se veem no exterior. Certifique-se que a zona de descanso, a água e comida do seu gato está longe das janelas e portas de vidro. 
Se a marcação se inicia em quartos interiores da casa, escadas e portas internas é indicativo de que, o fator de desencadeador do stress, vem de dentro de casa. Os gatos podem responder à presença de um novo animal ou pessoa com marcação de urina, colocando-se na posição de marcação vertical, podendo ou não urinar. 
A Drª Rodam relembra que “O gato pode parecer que está na posição de marcação de território quando no fundo não consegue é urinar devido a um problema médico. As pedras na bexiga, o stress ou outros problemas podem estar por trás disto e tem de ser descartadas todas as hipóteses”. 

Mantenha-se positivo 
É importante perceber que punir o gato física ou verbalmente durante ou após a marcação de território provoca stress e faz com que o gato tenha mais motivos para urinar e escolha locais mais escondidos. Devemos focar-nos em modificar o comportamento de forma positiva recompensando sempre que o gato tem comportamentos que queremos com mimos, atenção, guloseimas ou o que o gato mais gostar.

 Limpe frequentemente 
Os gatos têm tendência a marcar os mesmos locais repetidamente. O odor da urina muda com o tempo e a marcação constante mantém o odor consistente. Daí ser muito importante limpar as zonas marcadas com urina frequentemente. 
O mais eficaz é esfregar a zona com um detergente enzimático para a roupa diluído a 10% em água e deixar secar. Depois borrifar a zona com álcool isopropílico (pode encontrar-se em drogarias). 
Produtos à base de lixívia são eficazes a remover os odores de superfícies de cimento ou vinil. Devem evitar-se sempre detergentes à base de amoníaco que para o gato cheiram a urina.

Experimente feromonas 
Segundo alguns estudos, o uso de feromonas sintéticas no ambiente (sprays ou difusores) pode reduzir em até 90% o comportamento de marcação. O efeito em alguns casos mantém-se após parar a aplicação das feromonas. 
O difusor de feromonas colocado perto da caixa de areia pode torná-la mais atrativa.
  
Trabalhar em conjunto para o melhor desfecho 
Seja qual for a causa deve trabalhar em conjunto com o seu gato e o seu médico veterinário para resolver a situação. A recompensa de manter o seu gato saudável e feliz faz com que valha sempre a pena.


Adaptado de http://www.aaha.org

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Venda de garagem

O QUE É UMA VENDA DE GARAGEM?
O conceito de venda de garagem nasceu nos Estados Unidos da América e rapidamente se estendeu a outros países. 
Basicamente, uma venda de garagem consiste em colocar à venda objectos que temos em casa e os quais já não usamos a preços simbólicos. 
A venda é normalmente feita numa garagem ou no quintal. Trata-se de um conceito que tem três mais-valias imediatas: - para quem vende, ganhar algum dinheiro e esvaziar a casa de objectos que já não se usam e - para quem compra, adquirir um objecto que pretenda e lhe dê jeito por um preço aliciante.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Porquê que os gatos adoram caixas de cartão?



Acabou de gastar muito dinheiro no arranhador que deu ao seu gato, mal chega a casa abre a caixa e passa 2h a montá-lo. Mal acaba, o seu gato olha para ele com ar indiferente, salta para dentro da caixa de cartão onde vinha o arranhador e começa a brincar.
Não se assuste, há uma explicação para os gatos adorarem caixas de cartão. As razões podem fazê-lo chegar à conclusão que o seu gato prefere simples caixa de cartão em vez de um brinquedo caro.

Reduz os stress nos gatis 
Um estudo conduzido pela etologista holandesa Claudia Vinke demonstra alguns factos interessantes. Para ver se as caixas reduziam os níveis de stress em abrigos para animais ela dividiu 19 gatos que tinham acabado de dar entrada no gatil em 2 grupos: um com caixas de cartão e outro sem caixas de cartão. Ela descobriu que após 3 dias o grupo com caixas reduziu os níveis de stress, enquanto que o grupo sem caixas demorou 2 semanas a acalmar a ansiedade associada à vida no gatil. Resumindo, ficou provado que as caixas ajudam os gatos a aliviar o stress quando dão entrada no gatil onde há uma grande quantidade de cheiros e novos sons a que tem de se habituar.


Feliz em casa
Ainda não foi determinado se esta baixa nos níveis de stress também se verifica em gatos que vivem em casa. No entanto, visto que os gatos são animais solitários e evitam conflitos o máximo que podem, ter uma caixa em casa pode representar um microcosmos de paz e sossego para eles. A veterinária especialista em comportamento Leslie Cooper diz “ Num ambiente hospitalar, tudo o que permita a um gato esconder-se de imediato, quer seja uma caixa ou uma toalha a cobrir a grade da jaula de internamento provoca uma redução no stress, mesmo que seja mínima”. Tal como os ajuda a reduzir a ansiedade em gatis e hospitais é muito provável que também o faça em casa.

Esconderijo
E o facto de os gatos gostarem não só de sentar dentro das caixas como de brincar com elas? Nunca aconteceu ir a passar por uma caixa aparentemente vazia e ser atacado por uma pata que salta lá de dentro? A Drª Cooper diz “Pode haver muitas causas para um determinado comportamento. Do ponto de vista adaptativo, um pequeno predador pode achar útil esconder-se e no nosso mundo moderno as caixas estão lá para que os gatos se escondam.”  

Manter-se quente
Talvez o seu gato goste de relaxar em caixas porque servem de isolamento para o manter quente. Esta pode ser outra razão que desmistifica a necessidade do gato se meter dentro de alguma coisa, apesar de ainda não ter havido nenhum estudo científico sobre o assunto.
Da próxima vez que estiver a pensar gastar as suas poupanças num “castelo” para os seus gatos, pense melhor. Aquelas caixas vazias que tem acumuladas na garagem podem poupar-lhe uns trocos e dar ao seu amigo peludo as horas de brincadeira, calor e segurança que ele precisa.
Aqui fica um vídeo sobre gatos e caixas!


Adaptado de: Bekka Burton em http://www.aaha.org

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Como evitar que o seu cão fuja de casa



Donos de outros cães têm mais probabilidade de encontrar cães perdidos. Ou porque se cruzam com eles na rua e acabam a brincar juntos, ou então porque cães perdidos muitas vezes ficam ao portão de uma casa onde haja outro cão.

Quando têm microchip ou uma chapa de identificação na coleira, facilmente são devolvidos ao dono, que por vezes nem sabe bem como eles se escaparam. A fuga do cão pode correr mal pois existe sempre o risco de serem atropelados, atacados por outros animais, correrem atrás de uma criança ou de se perderem em locais muito afastados de casa.


Mas o que faz os cães fugirem de casa? Como podem os donos prevenir isto?
A Drª Ellen Lindell, especialista em comportamento, diz que como nenhum cão obedece 100% das vezes, há algumas medidas que se podem tomar para evitar que fujam. Seja porque o cão se distraiu a correr atrás de outro animal que passa a correr ou porque foi atraído por um cheiro irresistível a uma longa distância, aqui ficam algumas sugestões:

Esterilize ou castre: a motivação dos cães para acasalar é muito grande, por isso os cães machos que não são castrados são muito difíceis de manter em casa se houver uma fêmea em cio nas redondezas. Fêmeas não esterilizadas também podem escapar-se para ir procurar companheiros, por isso esterilizar ou castrar o seu cão ou cadela é a chave para evitar que eles fujam para acasalar.

Invista numa boa vedação tradicional: vedações tradicionais são muitas vezes preferidas em vez das eletrónicas por serem apropriadas para a maioria dos cães e permitir-lhes ver as fronteiras do seu espaço. A cerca deverá ser suficientemente alta para que o cão não salte. Também é aconselhável dar uma volta ao longo da vedação com o cão todos os dias para verificar se neve amontoada, ramos de árvores caídos, buracos e falhas na vedação ou outras coisas que possam ajudar o cão a sair. Enquanto faz isto pode ir atirando uma bola ao seu cão para lhe proporcionar uma brincadeira estimulante que o faça ver o jardim como um local de diversão. Por fim, outra ajuda é ter portões que se fecham sozinhos, principalmente em casa com crianças.

Proporcione exercícios interativos: recomenda-se pelo menos meia hora de exercício aeróbico duas vezes por dia mas o exercício não se resume a corrida ou caminhadas, pode incluir brincadeiras interativas como jogos de treino. O mais importante é o tempo que passamos na rua com o nosso cão seja interessante. Por exemplo, em vez de nos sentarmos num banco de jardim a ler um livro, ou parar para falar ao telefone, pode atirar uma bola ao seu cão para ele ir buscar ou fazer outro tipo de brincadeiras. Também lhe pode dar brincadeiras enriquecedoras em casa para os manter ocupados como puzzles para cães, encher brinquedos de comida com paté e congelar para os entreter durante mais tempo, esconder guloseimas ou brinquedos pela casa, esconder bonecos de peluche no quintal ou construir uma caixa de areia onde o cão possa escavar.

Use métodos de treino positivo: certamente que não vai querer ralhar ou punir o seu cão quando ele volta para perto de si, pois isto só vai fazer com que o cão não queira vir para perto de si. Em vez de tentar chamar o cão quando ele anda a correr em círculos à sua volta, tente ensiná-lo a deitar-se rapidamente para obter uma recompensa (um biscoito ou um brinquedo) pois pode ser uma brincadeira engraçada que pode usar sempre que o seu cão começa a correr. Outro truque é treinar o seu cão a não passar por uma porta ou portão sem ser convidado. Use treino baseado em recompensas (dar uma guloseima por cada comportamento adequado) em vez de treino baseado em castigos (como as coleiras de choques) para evitar criar medo e agressividade no seu cão.

Avalie as necessidades do seu cão: algumas raças como os huskies têm fama de ser independentes e vaguear mas o temperamento e motivação de cada cão são diferentes. Para obter melhores resultados, trabalhe em conjunto com um treinador ou médico veterinário de comportamento para proporcionar ao seu cão a melhor forma de o manter feliz em casa. Podemos treinar todas as raças de cães, em alguns casos podemos é ter mais trabalho que noutros.

Fale com o seu médico veterinário ou treinador caso suspeite que o cão pode ter ansiedade por separação: uma coisa é o seu cão ficar triste quando você sai de casa, outra é mostrar sinais de stress extremo sempre que fica sozinho como deixar marcas de arranhar nas portas ou tentar saltar por uma janela. Nestes casos deve procurar ajuda de um profissional o mais rapidamente possível. 

Crie uma casa de onde os cães não queiram sair: ficar em casa é um hábito e eles devem aprender que ficar em casa é um bom hábito pois a casa é tão boa que não há razão para sair. 


Adaptado de: http://www.aaha.org/